História da Flauta
Flauta transversal: Um dos instrumentos mais
antigos, a flauta transversal, utilizada regularmente na moderna orquestra
sinfônica, surgiu no século IX, antes de Cristo, provavelmente na Ásia.
Introduzida na Europa ocidental através da cultura bizantina, no século XII
depois de Cristo, era geralmente associada à música militar.
Somente na segunda metade do século XVII é que passou a
integrar a orquestra.
A moderna flauta transversal nasceu das transformações operadas no antigo
instrumento pelo alemão Theobald Boehm, por volta de 1840. Feita em metal,
geralmente prata, constitui-se de um tubo cilíndrico de 67 cm. de comprimento
por 19 mm. de diâmetro. Divide-se em 3 partes: cabeça ou bocal, corpo e
pé.Existiram na Antigüidade diversos outros tipos de flauta. No entanto, a
única que coexistiu com a flauta transversal foi a flauta doce, soprada pela
ponta, muito usada pelos músicos renascentistas e barrocos.
O flautim ou piccolo, versão menor da flauta transversal, cujo tubo tem
aproximadamente metade do comprimento da flauta. É o instrumento mais agudo da
orquestra, da qual não é, entretanto, um elemento essencial.Há também a flauta
baixa, que se usa para sons mais graves.
Doce
(posterior a 1315) A
flauta doce é o membro mais desenvolvido da antiga família das flautas de tubo
interno, flautas com uma janela (windway) fixa formada por uma peça
de madeira chamada de bloco. É distinta de outra flauta de tubo interno com
buracos para sete dedos e o buraco para o dedo polegar que também serve como
abertura de oitava.
O clarinete na forma em que conhecemos hoje é resultado de uma complexa e
gradativa evolução. Por volta de 1700, Johann Christoph Denner fabricante de
instrumentos de sopro na cidade de Nuremberg, com o intuito de dar uma maior
capacidade de dinâmica à flauta doce, inventa um novo instrumento chamado
Chalumeau, instrumento de palheta com maior possibilidade de dinâmica que a
flauta, o Chalumeau ou Charamela já trazia uma sonoridade muito semelhante ao
clarinete, porém muito estridente nos registros médio e agudo, o que
caracteriza o nome clarinete, uma referência ao timbre estridente do registro
agudo do trompete (Clarino).
Ao longo de algumas décadas o chalumeau passa por evoluções
como aumento da campana e adição de três chaves as duas já existentes, dando ao
clarinete seu primeiro formato aceito em orquestras e utilizado por
compositores, (o clarinete com 5 chaves), alguns autores dizem que foi para
este sistema de 5 chaves que Mozart escreveu o concerto para clarinete, uma das
mais importantes obras do repertório clarinetístico, música escrita para um
amigo de Mozart o clarinetista Anton Stadler.
Assim o
instrumento manteve-se sem alterações significativas até o início do séc.XIX ,
quando Ivan Muller (considerado o pai do clarinete moderno) apresentou um novo
sistema de 13 chaves, muito mais avançado que o de Denner, este sistema
permitiu maiores recursos técnicos e manteve-se em alta até o final do séc.
XIX.
Entre 1839
e 1843 H. Klosé e August Buffet (fundador da Buffet Crampon) adaptaram o
sistema de mecanismo da flauta (Boehm) ao clarinete, trazendo novos recursos e
adicionando novas chaves lançaram o sistema Boehm de clarinete com 17 chaves.
Apesar de existirem outros sistemas como o sistema Albert e Oehler (usados na
Alemanha) este é o sistema habitualmente usado no mundo todo, que possibilita o
não cruzamento dos dedos além de outras vantagens.
O clarinete
é encontrado em diversas afinações sendo mais comum os em Bb, A, Eb, e o
clarinete baixo.
A origem do Fagote perde-se no tempo, é difícil
determinar com exactidão o seu aparecimento.A referência mais antiga aparece em
documentos do século XVI (1546) descrevendo um instrumento constituído por, uma
palheta dupla (semelhante à Charamela), um tudel curvo em forma de “S” e com o
tubo feito numa só peça de madeira, dobrado sobre si próprio, conhecido como
Baixão ou “Dulcian”. De uma vasta família de baixões então criada no séc. XVII,
existiu um que depressa se destacou, o “Choristfagott” pela sua utilidade em
suportar o baixo na música coral, é considerado como o verdadeiro antepassado
do actual fagote-tipo.
É em França durante os finais do século XVII que o
Fagote adquire a sua aparência próxima da actual, deixando de ser construído
numa só peça de madeira, para peças em separado. Também é acrescentada à sua
nomenclatura o termo “Basson”, relacionado com “bas (baixo) – son (som)”. Com
esta novidade da divisão do instrumento, pelo construtor francês Denner
(1655-1707) começava o progresso deste instrumento de sopro que veio dar
origem, já em pleno século XIX , à sua maior revolução, com a adaptação dos
sistemas de dedilhações Heckel e Buffet, dando assim origem a duas versões
distintas do Fagote Moderno.
O Fagote de sistema Alemão – Sistema Heckell
O Fagote de sistema Francês – Sistema Buffet
O século XIX, traz consigo grandes exigências a nível musical, grandes
compositores, grandes orquestras, obras cada vez mais complexas, obrigam a um
maior desenvolvimento do músico e dos próprios instrumentos. Neste contexto o
Fagote atinge a sua plenitude, estes dois sistemas vieram “Standartizar” o
Fagote Moderno, colocando assim um ponto final a uma variedade imensa de
sistemas individuais desenhados por diferentes fabricantes, deixando de lado e
de vez a consequente confusão técnica.
Manuel FalleirosO
saxofone foi inventado por Antoine-Joseph (Adolph) Sax. Ele nasceu em Dinant,
uma cidade no vale de Meuve na Bélgica, no dia 6 de novembro de 1814.
Charles-Joseph Sax, o pai dele, era um carpinteiro que construiu uma fábrica
para instrumentos de sopro de madeira e instrumentos de metal. Do pai ele
herdou a técnica e criatividade para o comércio. Pouco se sabe sobre sua mãe,
exceto que ela vivia muito ocupada cuidando dos onze filhos.
Adolph
começou sua educação formal na Royal School of Singing (Bruxelas); lá ele
também estudou flauta e clarinete.Dizem que se Sax não tivesse entrado nos
negócios da família ele teria feito uma boa carreira como clarinetista
profissional.Charles
concentrou suas energias na sua fábrica de instrumentos para ir ganhando a
vida, enquanto Adolph ia experimentando novos designs com a finalidade de criar
novos instrumentos. Sax termina, em 1834, o aperfeiçoamento do clarinete-baixo
(clarone); talvez daí viesse a idéia de fabricar um novo instrumento, pois o
formato do clarone e o do saxofone são bem semelhantes, com a diferença de que
o corpo do clarone é mais alongado e feito de madeira e, principalmente, por
pertencer à família do clarinete; mas o primeiro saxofone nasceu quando Sax
adaptou uma palheta de um clarinete ao bocal de um oficlide (um predecessor da
tuba, só que em forma de "U", como o fagote). O resultado foi um
saxofone-baixo; a partir deste, Sax criou o restante da família. O Saxofone é
um dos poucos instrumentos que foram "inventados". Fonte:Publicado
originalmente em http://www.manu.hpg.ig.com.br/hsax.html, mas este caminho
não é mais válido. História da trompa
Da origem até aos nossos dias
A trompa teve a sua origem no Olifante e no Chofar Hebreu, instrumentos
estes ainda em uso nas cerimónias ligadas ao Ano Novo judeu e à Festa da
Expiação.Além
dos egípcios e hebreus, também os gregos fizeram uso do Chofar e do Kegos
(trompa) para anunciar
ao povo as suas reuniões religiosas e profanas.A construção da trompa de
metal data do ano de 1400, aproximadamente, e foi um instrumento muito
utilizado em França até ao reinado de Luís XV, tendo neste país encontrado a
sua grande expansão. Daí que os ingleses lhe tenham passado a chamar French
Horn (Trompa Francesa).A trompa foi sofrendo,
através dos tempos, várias modificações, até no próprio nome: Trompa de caça,
Trompa Lisa ou de Mão, Trompa Cromática ou de Pistões e Trompa de Harmonia,
como hoje é conhecida.Trompa de CaçaEra usada nos grandes
festins venatórios que outrora se realizavam nas cortes europeias. É um
instrumento de tubo cilíndrico e cónico.Trompa Lisa ou de MãoÉ uma cópia da Trompa de
Caça, mas à qual se podia adaptar uns tubos enroscados (em português, roscas),
que lhe aumentava o comprimento e, consequentemente, a fundamental.Hampel imaginou esse
sistema de tubos ou roscas que, de vários tamanhos, cada um produzia a
respectiva fundamental, sobre a qual se podia executar uma série de harmónicos
de quinze sons (roscas de si, lá, sol, etc.). Começa aqui a chamar-se Trompa de
Harmonia, porque, com base nos respectivos harmónicos, já se podia executar
todo o tipo de melodias. Os meios tons eram produzidos com a ajuda da mão
direita na campânula, tornando assim possível uma maior amplitude das
potencialidades do instrumento.Foi no princípio do
século XIX que o instrumento sofreu a sua maior evolução, quando Blumhel e
Stolzel inventaram, respectivamente, os cilindros e os pistões. Com esta
inovação foi criada a Trompa Cromática, permitindo assim o desenvolvimento que
hoje lhe conhecemos.Quando o trompista
introduz a mão na campânula, os sons tornam-se mais baixos e o timbre mais
aveludado. À medida que a mão avança e que o orifício interior do tubo se torna
mais estreito, se fazem sentir esses efeitos. Desta forma, pode o executante
baixar todos os graus da escala harmónica, desde a fracção mais imperceptível
até ao intervalo de um tom, fenómeno este descoberto pelo trompista alemão
Hampel. Uma das formas de se aplicar este processo é adaptar à nossa escala
actual os harmónicos discordantes: o som 11 (fá# muito baixo) torna-se fá
natural; o som 13 (lá natural muito baixo) transformam-se em lá bemol; os sons
7 e 14 (si bemol muito baixo) transformam-se em lá natural. Estes quatro sons,
produzidos por um abaixamento de menos de meio tom, têm uma sonoridade
extraordinária, podendo considerar-se os melhores entre os sons fechados.Efeitos Tímbricos Aproveitando a técnica da
mão dentro da campânula, pode-se produzir vários efeitos sonoros na trompa: - efeito bouché –
obtêm-se introduzindo a mão em forma de concha dentro da campânula;- efeito eco – produzido
como na forma anterior, mas desta vez, deixando uma pequena abertura entre a
palma da mão.Com tais recursos, a
trompa actual permite aos compositores e instrumentistas optimizar, de forma
muito criativa e variada, as potencialidades do instrumento. É possível, por
exemplo, baixar meio tom a cada um dos sons do instrumento e produzir assim, a
par da escala cromática em sons abertos, uma segunda escala exclusivamente
composta de sons fechados.Com um vastíssimo
repertório (sonatas e concertos), desde o estilo Barroco até ao Contemporâneo,
a trompa encontrou em Richard Strauss, um compositor de excelência, que soube
explorar de forma genial, em pleno Romantismo, todas as virtuosidades do
instrumento.É nos finais do século XX
que, com António Vitorino D’Almeida, Eurico Carrapatoso, Sérgio Azevedo e
Clotilde Rosa, se começa a escrever para a trompa em Portugal.Dados fornecidos pelo
prof. António Costa, a quem agradecemos.
HISTÓRIA DO TROMBONE
Trombone
derivado de trompa (que significa trompete, em italiano) através da adição do
sufixo aumentativo one; trombone é portanto, etimologicamente, grande trompete
Surgiu provavelmente na França quinhentista, a partir de modificações
introduzidas no trompete. Sua principal característica são as varas corrediças,
cuja função é controlar a emissão e a altura do som.De todos os instrumentos da
orquestra o trombone foi o primeiro a adquirir a forma que tem hoje.O corpo
principal; do instrumento é formado por dois tubos paralelos, presos um ao
outro. Numa extremidade está o bocal e na outra o pavilhão.Atualmente, é
construído em 3 tamanhos: tenor, contralto e baixo. O primeiro é o mais
utilizado em orquestras sinfônicas Indispensável à orquestra, na qual foi introduzido
por Beethoven, foi tratado como solista por muitos outros compositores também.
Instrumento musical de sopro da família dos metais.Dotado de bocal e de
três a cinco pistões, possui todos os graus cromáticos. Existem tubas de vários
tipos: tenor, barítono, êufona, baixo e contrabaixo. Desde o seu aparecimento,
na primeira metade do séc. XIX, logo foi incorporado nas orquestras sinfônicas.
A tuba é originária do “ophicleide”, uma espécie de tubo com chaves utilizada
por volta de 1800, ganhou popularidade nas pequenas bandas de metais da
Grã-Bretanha, onde um antecessor do atual Sousafone, chamado Helicon, era usado
devido a facilidade de transportá-la.Mais tarde, Richard Wagner utilizaria uma
variante deste instrumento baseada no Corne InglêsEm 1860, John Philip de Sousa
tentou criar um novo tipo de tuba baseado no Helicon, dando origem ao
atualmente chamado Sousafone.Durente essas "evoluções", os alemães
Johann Moritz e Wilhelm Wieprecht construiram o modelo de tuba que seria o
percursor do modelo mais utilizado hoje em dia. A partir daí, o design e
conceito geral da Tuba permaneceram inalteráveis, mas diversas variantes foram
sendo introduzidas.Atualmente, existem em diferentes formas e combinações e a
variedade aumenta drasticamente se incluirmos nesta categorização os
Bombardinos (que também são chamados de Tuba Tenor). Assim, encontramos Tubas
em diferentes afinações (Sib, Do, Mib, e Sol), campânulas (desde 36 a 77
centímetros de diâmetro) etc... e a variedade é ainda maior se adicionarmos as
várias cambiantes dos Sousafones (como por exemplo o raríssimo Sousafone com 2
campânulas). Nas bandas filarmônicas, cabe às Tubas o fundamental papel de
suporte harmônico, uma vez que compõe o naipe de instrumentos que atua no
registo grave.
História do trompete
O mais agudo entre os metais, o trompete se originou,
provavelmente, no Egito Antigo, no II milênio antes de Cristo, tendo adquirido
importância como instrumento musical a partir do século XVII, ao ser
introduzido na orquestra. Sua forma atual data da primeira metade do século
XIX, quando os fabricantes alemães Blühmel e Stölzel criaram o sistema de 3
pistões, que tornou o instrumento mais versátil, aumentando seu registro e
tornando sua execução menos difícil. Pode ser afinado em ré ou, mais comumente,
em si bemol ou dó. Consiste num tubo cilíndrico recurvado sobre si mesmo, em
cujas extremidades ficam o pavilhão e o bocal. A qualidade do som pode ser
modificada com a surdina, peça de madeira introduzida no pavilhão. Alcança 2
oitavas e meia, começando do fá abaixo do dó médio. Tem sonoridade brilhante e
penetrante. É muito usado pelos compositores em uníssono com as cordas e as
madeiras da orquestra, como também em solos.